a,
já tem certeza de que o mundo inteiro já te viu com ele e precisa
urgente de um novo. A moda vem, a moda vai e acompanhar é quase um
esporte. É de enlouquecer qualquer uma e do tipo de loucura que não tem
fim. Repica o cabelo, pinta, faz franja, californiana, ombré hair, deixa
crescer, volta à cor natural. Academia, dieta. E tudo isso pra quem?
Tudo isso pra que? Pra ser melhor do que a menina que te olha torto,
impressionar, pra não enjoar da imagem refletida no espelho, pra se
sentir desejada pelos carinhas que se acham o máximo, mas são o mínimo.
Se sentir melhor consigo mesma, talvez. Mas me diz, no final de tudo, no
fim das contas, se sente mesmo? No dia seguinte da festa, depois do
demaquilante, com o cabelo preso, essa é você. E ela é absurdamente
linda, sem roupa enfeitada, sem forçar a barra, crua. Depois do banho,
de cabelo ainda molhado, é o estado mais puro e sublime da beleza que
quase todas insistem em esconder com quilos de pó corretivo e base. A
triste verdade é que a gente passa a vida se maquiando, produzindo,
mudando o cabelo e o guarda-roupa a todo instante, esperando pelo cara
que ache tudo isso muito bonito, mas num domingo de tarde qualquer, te
olhe de short, blusa branca e chinelo e confesse, meio sem jeito "Eu
prefiro mil vezes você assim, de cara limpa."
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